Processos: Eu sei quem sou...
“... quando esta [Simone de Beauvoir] afirma que a gente não nasce mulher, mas que a gente se torna (costumo retomar essa linha de pensamento no sentido da questão racial: a gente nasce preta, mulata, parda, marrom, roxinha, etc., mas tornar-se negra é uma conquista). Se a gente não nasce mulher, é porque a gente nasce fêmea, de acordo com a tradição ideológica supracitada: afinal, essa tradição tem muito a ver com os valores ocidentais.” Lélia Gonzalez, 1988. Paula você está produzindo? Sim, uma série de autorretratos, mas não sei quando termino e se termino. Entrei nesse caminho há um tempo, minha frase geradora é “EU SEI QUEM SOU, MAS ÀS VEZES ME ESQUEÇO”. Processos artísticos podem nos obrigar a lidar com inseguranças e, outras vezes, inseguranças me fazem entrar em processos. Converso com as pessoas próximas, fico pensando se não abro os tais gatilhos (palavra na moda). Ainda não sei pra onde vai a pesquisa, por enquanto para o meu diário. O termo não branca é um incômodo profu